⚠️ Aviso Importante
Este glossário de medicamentos tem caráter exclusivamente informativo e educacional.
As informações a seguir têm caráter educativo e não substituem consulta médica. O uso de qualquer medicamento deve ser sempre orientado por profissionais habilitados.
Letra N
1. Naproxeno
O naproxeno é um medicamento anti-inflamatório não esteroide (AINE) utilizado para aliviar dor, febre e inflamações, com ação prolongada e efeito analgésico.
- Princípio ativo: Naproxeno
- Classe terapêutica: Anti-inflamatório não esteroide (AINE)
- Para que serve: Dores musculares, articulares, inflamações e febre
- Como funciona: Inibe as enzimas COX-1 e COX-2, reduzindo a produção de prostaglandinas
- Significado do nome científico: “Naproxen” deriva de “naftil” (grupo aromático) + “propano” + “ácido carboxílico”
- Cuidados: Pode causar irritação gástrica e aumento do risco cardiovascular em uso prolongado
- Breve história: Desenvolvido como alternativa ao ibuprofeno com ação prolongada
- Descobridor: Syntex (México/EUA)
- Ano da descoberta: 1976
2. Nimesulida
nimesulida é um AINE seletivo com ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética, utilizado no tratamento de dores agudas e inflamações, com menor irritação gástrica.
- Princípio ativo: Nimesulida
- Classe terapêutica: Anti-inflamatório não esteroide (AINE) seletivo da COX-2
- Para que serve: Dores e inflamações agudas
- Como funciona: Inibe preferencialmente a enzima COX-2, responsável pela inflamação
- Significado do nome científico: “Nime-” refere-se à estrutura sulfonamida + “sulida” de sua classe
- Cuidados: Associada a risco de hepatotoxicidade; restrita em alguns países
- Breve história: Desenvolvida como anti-inflamatório com menor efeito gástrico
- Descobridor: Helsinn Healthcare (Suíça)
- Ano da descoberta: 1976
3. Norfloxacino
O norfloxacino é um antibiótico da classe das fluoroquinolonas, indicado para o tratamento de infecções bacterianas do trato urinário e gastrointestinal, atuando na inibição da replicação do DNA bacteriano.
- Princípio ativo: Norfloxacino
- Classe terapêutica: Antibiótico (fluoroquinolona)
- Para que serve: Infecções urinárias e gastrointestinais
- Como funciona: Inibe a DNA-girase, enzima essencial para replicação bacteriana
- Significado do nome científico: “Nor-” (grupo nor de estrutura molecular modificada) + “floxacino” (fluoroquinolona)
- Cuidados: Pode causar fotossensibilidade e alterações musculares
- Breve história: Derivado das quinolonas da década de 1960
- Descobridor: Kyorin Pharmaceutical (Japão)
- Ano da descoberta: 1983
Letra O
4. Omeprazol
O omeprazol é um inibidor da bomba de prótons utilizado no tratamento de úlceras gástricas, refluxo gastroesofágico e outras condições de hipersecreção ácida, reduzindo a produção de ácido estomacal.
- Princípio ativo: Omeprazol
- Classe terapêutica: Inibidor da bomba de prótons (IBP)
- Para que serve: Tratamento de úlceras gástricas, refluxo gastroesofágico e gastrite
- Como funciona: Inibe irreversivelmente a H+/K+ ATPase gástrica, reduzindo a produção de ácido estomacal
- Significado do nome científico: “Ome-” (grupo metoximetil) + “prazol” (indicativo da classe benzimidazólica)
- Cuidados: Uso prolongado pode causar deficiência de vitamina B12 e magnésio
- Breve história: Primeiro IBP lançado comercialmente
- Descobridor: Astra AB (atualmente AstraZeneca)
- Ano da descoberta: 1989
5. Oxcarbazepina
A oxcarbazepina é um anticonvulsivante utilizado no tratamento da epilepsia, especialmente em crises parciais, agindo na modulação dos canais de sódio no sistema nervoso central.
- Princípio ativo: Oxcarbazepina
- Classe terapêutica: Anticonvulsivante
- Para que serve: Tratamento de epilepsia e crises parciais
- Como funciona: Estabiliza as membranas neuronais, bloqueando canais de sódio
- Significado do nome científico: “Ox-” indica a adição de um grupo oxigenado à carbamazepina
- Cuidados: Pode causar hiponatremia; deve ser monitorada em idosos
- Breve história: Desenvolvida como alternativa mais segura à carbamazepina
- Descobridor: Novartis
- Ano da descoberta: 1990
6. Oxicodona
A oxicodona é um analgésico opioide indicado para o alívio de dores moderadas a intensas, atuando nos receptores opioides do sistema nervoso para modificar a percepção da dor.
• Princípio ativo: Oxicodona
• Classe terapêutica: Analgésico opioide (opioide semi-sintético)
• Para que serve: Alívio de dores moderadas a intensas, como dores crônicas, pós-operatórias e oncológicas
• Como funciona: Atua nos receptores opioides μ (mu), inibindo a transmissão da dor no sistema nervoso central
• Significado do nome científico: “Oxi-” (grupo hidroxila) + “-codona” (derivado da codeína)
• Cuidados: Pode causar dependência, depressão respiratória, náuseas e constipação
• Breve história: Desenvolvida como alternativa semissintética à morfina; popularizada na forma de OxyContin nos anos 1990
• Descobridor: Martin Freund e Edmund Speyer (Alemanha)
• Ano da descoberta: 1916
Letra P
7. Paracetamol (Tylenol)
Um dos analgésicos mais populares do mundo, usado para aliviar dores leves e baixar a febre. Quando usado corretamente, é seguro – mas doses excessivas podem prejudicar gravemente o fígado.
- Princípio ativo: Paracetamol (ou acetaminofeno)
- Classe terapêutica: Analgésico e antipirético
- Para que serve: Dores leves a moderadas e febre
- Como funciona: Inibe a enzima COX no sistema nervoso central, modulando sinais de dor e temperatura
- Significado do nome científico:
- Paracetamol: abreviação de para-acetilaminofenol
- Acetaminofeno: “acetyl” + “amino” + “phenol”
- Significado do nome científico:
- Cuidados: Em doses altas, pode causar toxicidade hepática grave
- Breve história: Desenvolvido a partir de um subproduto da fenacetina
- Descobridor: Harmon Northrop Morse (EUA)
- Ano da descoberta: 1878
8. Prednisona
Um poderoso anti-inflamatório usado para combater doenças autoimunes, alergias e inflamações intensas. Atua como um “freio” do sistema imunológico, mas requer uso controlado.
- Princípio ativo: Prednisona
- Classe terapêutica: Corticoide
- Para que serve: Inflamações, doenças autoimunes, alergias graves
- Como funciona: Suprime o sistema imunológico e reduz mediadores inflamatórios
- Significado do nome científico: “Pred-” (derivado de progesterona) + “nisona” (modificação estrutural da hidrocortisona)
- Cuidados: Uso prolongado pode causar efeitos como osteoporose, hiperglicemia e supressão adrenal
- Breve história: Desenvolvido como corticoide sintético com alta eficácia anti-inflamatória
- Descobridor: Schering Corporation
- Ano da descoberta: 1955
9. Propranolol
Medicamento que “desacelera” o coração, usado para controlar a pressão, ritmos cardíacos anormais e até crises de ansiedade e enxaqueca.
- Princípio ativo: Propranolol
- Classe terapêutica: Betabloqueador (anti-hipertensivo)
- Para que serve: Hipertensão, arritmias, ansiedade, enxaqueca
- Como funciona: Bloqueia os receptores beta-adrenérgicos, reduzindo frequência cardíaca e pressão arterial
- Significado do nome científico: “Propran-” (estrutura química) + “olol” (sufixo típico de betabloqueadores)
- Cuidados: Pode causar bradicardia, fadiga e broncoespasmo
- Breve história: Primeiro betabloqueador desenvolvido para uso clínico
- Descobridor: Sir James Black (Escócia)
- Ano da descoberta: 1964
Letra Q
10. Quetiapina
Antipsicótico moderno que ajuda a equilibrar a química do cérebro em casos de esquizofrenia, bipolaridade e depressão resistente. Pode causar sonolência e exige acompanhamento médico
- Princípio ativo: Quetiapina
- Classe terapêutica: Antipsicótico atípico
- Para que serve: Esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão resistente
- Como funciona: Age sobre múltiplos receptores dopaminérgicos e serotoninérgicos no cérebro
- Significado do nome científico: “Queti-” (estrutura dibenzotiazepínica) + “apina” (sufixo comum em antipsicóticos)
- Cuidados: Pode causar sonolência, ganho de peso, efeitos metabólicos
- Breve história: Desenvolvida como alternativa aos antipsicóticos típicos com menos efeitos extrapiramidais
- Descobridor: AstraZeneca
- Ano da descoberta: 1997
Letra R
11. Ranitidina
Foi um dos antiácidos mais usados para tratar úlceras e refluxo. Retirado de muitos mercados devido a possíveis riscos de contaminação.
- Princípio ativo: Ranitidina
- Classe terapêutica: Antiácido (bloqueador dos receptores H2 da histamina)
- Para que serve: Tratamento de úlceras gástricas, refluxo e dispepsia
- Como funciona: Inibe a produção de ácido gástrico ao bloquear os receptores H2 nas células parietais do estômago
- Significado do nome científico: “Rani-” (estrutura química relacionada) + “tidina” (sufixo comum a antagonistas H2)
- Cuidados: Foi retirada de muitos mercados por potencial contaminação com NDMA (substância potencialmente cancerígena)
- Breve história: Revolucionou o tratamento de úlceras antes da chegada dos inibidores da bomba de prótons
- Descobridor: GlaxoSmithKline
- Ano da descoberta: 1981
12. Risperidona
Usado no tratamento de transtornos mentais graves como esquizofrenia e autismo, ajudando a estabilizar pensamentos e comportamentos.
- Princípio ativo: Risperidona
- Classe terapêutica: Antipsicótico atípico
- Para que serve: Esquizofrenia, transtorno bipolar, irritabilidade em autismo
- Como funciona: Antagoniza os receptores dopaminérgicos D2 e serotoninérgicos 5-HT2A
- Significado do nome científico: “Risper-” (base da molécula) + “idona” (indica atividade neurológica)
- Cuidados: Pode causar sedação, ganho de peso e sintomas extrapiramidais em altas doses
- Breve história: Introduzido como uma opção com menos efeitos motores que os antipsicóticos típicos
- Descobridor: Janssen-Cilag
- Ano da descoberta: 1993
13. Rivotril
Ansiolítico e anticonvulsivante que ajuda a controlar crises epilépticas e ansiedade. Popular, mas com alto risco de dependência.
- Princípio ativo: Clonazepam
- Classe terapêutica: Ansiolítico / Anticonvulsivante (benzodiazepínico)
- Para que serve: Ansiedade, epilepsia, distúrbios do sono
- Como funciona: Potencializa o GABA, o principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso
- Significado do nome científico: “Clona-” (grupo clorado) + “zepam” (classe dos benzodiazepínicos)
- Cuidados: Uso prolongado pode causar dependência e tolerância
- Breve história: Ampla utilização por seu duplo efeito ansiolítico e anticonvulsivante
- Descobridor: Roche
- Ano da descoberta: 1975
Letra S
14. Sertralina
Antidepressivo da família dos ISRS, atua aumentando a serotonina no cérebro. Um dos mais prescritos para depressão, ansiedade e TOC.
- Princípio ativo: Sertralina
- Classe terapêutica: Antidepressivo (ISRS – Inibidor seletivo da recaptação de serotonina)
- Para que serve: Depressão, ansiedade, TOC, transtorno de pânico
- Como funciona: Inibe a recaptação da serotonina, aumentando sua disponibilidade sináptica
- Significado do nome científico: Nome formado a partir da estrutura química original
- Cuidados: Pode causar insônia, náuseas e disfunção sexual
- Breve história: Tornou-se um dos antidepressivos mais prescritos do mundo
- Descobridor: Pfizer
- Ano da descoberta: 1991
15. Simeticona
Ajuda a aliviar gases e inchaço abdominal de forma simples e rápida, sem ser absorvida pelo corpo. Um alívio físico e social!
- Princípio ativo: Simeticona
- Classe terapêutica: Antiflatulento
- Para que serve: Alívio de gases e distensão abdominal
- Como funciona: Reduz a tensão superficial das bolhas de gás no trato gastrointestinal, facilitando sua eliminação
- Significado do nome científico: Combinação de “sílica” + “dimeticona” (compostos de silicone)
- Cuidados: Geralmente bem tolerada, sem efeitos sistêmicos conhecidos
- Breve história: Utilizada amplamente desde meados do século XX
- Descobridor: Bayer
- Ano da descoberta: 1952
16. Sinvastatina
Aliada do coração, reduz o colesterol ruim e previne infartos e AVCs. Atua no fígado, bloqueando a produção de colesterol.
- Princípio ativo: Sinvastatina
- Classe terapêutica: Hipolipemiante (estatina)
- Para que serve: Redução do colesterol e prevenção de doenças cardiovasculares
- Como funciona: Inibe a enzima HMG-CoA redutase, reduzindo a síntese hepática de colesterol
- Significado do nome científico: “Statina” indica inibição enzimática; “simva-” refere-se à modificação da lovastatina
- Cuidados: Pode causar dores musculares e elevação de enzimas hepáticas
- Breve história: Derivada da lovastatina, natural, com melhora da potência
- Descobridor: Merck & Co.
- Ano da descoberta: 1988
Letra T
17. Tramadol
Analgésico opioide usado para dores mais intensas. Atua tanto em receptores da dor quanto nos níveis de neurotransmissores. Pode causar dependência.
- Princípio ativo: Tramadol
- Classe terapêutica: Analgésico opioide
- Para que serve: Dor moderada a intensa
- Como funciona: Ativa receptores opioides e inibe a recaptação de serotonina e noradrenalina
- Significado do nome científico: Derivado da estrutura química de substâncias opioides sintéticas
- Cuidados: Pode causar dependência, náuseas e sonolência
- Breve história: Criado como alternativa menos potente e com menor risco que opioides tradicionais
- Descobridor: Grünenthal (Alemanha)
- Ano da descoberta: 1977
18. Tetraciclina
Antibiótico clássico e eficaz contra várias infecções, mas deve ser evitado por crianças e gestantes devido aos efeitos sobre ossos e dentes.
- Princípio ativo: Tetraciclina
- Classe terapêutica: Antibiótico de amplo espectro
- Para que serve: Infecções respiratórias, urinárias, acne
- Como funciona: Inibe a síntese proteica bacteriana ao se ligar à subunidade 30S do ribossomo
- Significado do nome científico: “Tetra-” (quatro) + “ciclina” (anéis aromáticos)
- Cuidados: Contraindicado em gestantes e crianças — risco de manchas nos dentes e alteração óssea
- Breve história: Um dos primeiros antibióticos de amplo espectro
- Descobridor: Benjamin Duggar (EUA), a partir da Streptomyces aureofaciens
- Ano da descoberta: 1945
19. Topiramato
Remédio multifuncional: trata epilepsia, enxaqueca e até transtornos psiquiátricos. Pode causar efeitos cognitivos leves, como dificuldade de concentração.
- Princípio ativo: Topiramato
- Classe terapêutica: Anticonvulsivante / Estabilizador do humor
- Para que serve: Epilepsia, enxaqueca, transtornos do humor
- Como funciona: Bloqueia canais de sódio, potencializa GABA e inibe receptores de glutamato
- Significado do nome científico: Derivado do grupo “sulfamato” e “piramato” (estrutura química)
- Cuidados: Pode causar perda de peso, parestesias e dificuldade de concentração
- Breve história: Inicialmente desenvolvido para epilepsia, teve expansão para uso psiquiátrico
- Descobridor: Ortho-McNeil (subsidiária da Johnson & Johnson)
- Ano da descoberta: 1996
Letra U
20. Ursacol
Ajuda o fígado a funcionar melhor e dissolve alguns tipos de cálculos biliares. Derivado originalmente da bile de ursos.
- Princípio ativo: Ácido ursodesoxicólico
- Classe terapêutica: Colagogo / Agente hepatobiliar
- Para que serve: Dissolução de cálculos biliares de colesterol, doenças hepáticas colestáticas
- Como funciona: Reduz a produção de colesterol no fígado e facilita sua eliminação pela bile
- Significado do nome científico: “Urso” (do latim ursus, por ter sido isolado da bile de urso) + “desoxi” (perda de oxigênio) + “cólico” (relacionado à bile)
- Cuidados: Pode causar diarreia e náuseas, contraindicado em cálculos calcificados
- Breve história: Utilizado tradicionalmente na medicina asiática; aprovado no Ocidente nos anos 1980
- Descobridor: Cientistas japoneses, com base na medicina tradicional chinesa
- Ano da descoberta: 1955 (isolamento), 1980 (uso clínico moderno)
Letra V
21. Valproato de sódio
Controle de epilepsia e estabilização do humor em transtornos bipolares. Muito eficaz, mas contraindicado na gravidez.
- Princípio ativo: Ácido valproico / Valproato de sódio
- Classe terapêutica: Anticonvulsivante / Estabilizador de humor
- Para que serve: Epilepsia, transtorno bipolar, enxaqueca
- Como funciona: Aumenta os níveis de GABA no cérebro e estabiliza membranas neuronais
- Significado do nome científico: “Valproico” = derivado do ácido valérico + grupo propílico
- Cuidados: Teratogênico contraindicado na gravidez; pode causar ganho de peso e hepatotoxicidade
- Breve história: Descoberto por acaso como solvente em testes de anticonvulsivantes
- Descobridor: Pierre Eymard (França)
- Ano da descoberta: 1962
22. Verapamil
Controla a pressão arterial, alivia dores no peito e regula batimentos cardíacos alterados ao bloquear a entrada de cálcio nas células do coração.
- Princípio ativo: Verapamil
- Classe terapêutica: Anti-hipertensivo (bloqueador dos canais de cálcio)
- Para que serve: Hipertensão, angina, arritmias
- Como funciona: Reduz a entrada de cálcio nas células musculares do coração e vasos, diminuindo a contratilidade e dilatando os vasos
- Significado do nome científico: “Ver-” (referência à estrutura química) + “amil” (grupo funcional com atividade farmacológica)
- Cuidados: Pode causar constipação, bradicardia e hipotensão
- Breve história: Um dos primeiros bloqueadores de canal de cálcio usados clinicamente
- Descobridor: Knoll AG (Alemanha)
- Ano da descoberta: 1962
Letra X
23. Xarelto
Anticoagulante moderno que evita a formação de coágulos e previne AVCs. Não requer controle laboratorial frequente, mas o risco de sangramentos exige cautela.
- Princípio ativo: Rivaroxabana
- Classe terapêutica: Anticoagulante oral direto (inibidor do fator Xa)
- Para que serve: Prevenção e tratamento de tromboses, AVCs em fibrilação atrial
- Como funciona: Inibe diretamente o fator Xa, reduzindo a formação de trombina e coágulos
- Significado do nome científico: “Rivar-” (estrutura da molécula) + “oxabana” (família dos inibidores do fator Xa)
- Cuidados: Risco de sangramento; deve-se evitar associações com outros anticoagulantes
- Breve história: Primeiro inibidor oral direto do fator Xa aprovado globalmente
- Descobridor: Bayer / Johnson & Johnson
- Ano da descoberta: 2008
Letra Z
24. Zidovudina (AZT)
O primeiro remédio a combater o HIV. Atua impedindo a multiplicação do vírus, e foi um marco no tratamento da AIDS.
- Princípio ativo: Zidovudina
- Classe terapêutica: Antirretroviral (inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo)
- Para que serve: Tratamento do HIV/AIDS
- Como funciona: Inibe a enzima transcriptase reversa, impedindo a replicação do HIV
- Significado do nome científico: “Zido-” (estrutura química) + “vudina” (nucleosídeo análogo)
- Cuidados: Pode causar anemia, neutropenia e toxicidade mitocondrial
- Breve história: Primeiro medicamento aprovado para o tratamento do HIV
- Descobridor: Jerome Horwitz (sintetizado em 1964, aprovado para HIV em 1987)
- Ano da descoberta: 1987 (uso em HIV)
25. Zolpidem
Indutor do sono de ação rápida. Ajuda a dormir, mas deve ser usado por curtos períodos para evitar dependência.
- Princípio ativo: Zolpidem
- Classe terapêutica: Hipnótico (não benzodiazepínico)
- Para que serve: Insônia
- Como funciona: Atua nos receptores GABA-A, promovendo efeito sedativo semelhante aos benzodiazepínicos
- Significado do nome científico: Nome químico composto baseado em sua estrutura imidazopiridínica
- Cuidados: Pode causar sonolência residual, tolerância e comportamentos anormais durante o sono
- Breve história: Criado como alternativa com menor risco de dependência que os benzodiazepínicos
- Descobridor: Synthelabo (França)
- Ano da descoberta: 1986
26. Zopiclona
Outro remédio para insônia, com efeito semelhante ao dos benzodiazepínicos, mas com estrutura diferente. Ajuda a dormir melhor, mas pode causar “ressaca” no dia seguinte.
- Princípio ativo: Zopiclona
- Classe terapêutica: Hipnótico (não benzodiazepínico)
- Para que serve: Tratamento de curto prazo da insônia
- Como funciona: Aumenta a ação do GABA no SNC, induzindo sono
- Significado do nome científico: “Zopi-” (grupo funcional ciclopirrolona) + “clona” (estrutura química ligada ao efeito sedativo)
- Cuidados: Uso prolongado pode levar à dependência e ressaca diurna
- Breve história: Desenvolvida para oferecer melhor perfil de segurança comparado a hipnóticos tradicionais
- Descobridor: Rhône-Poulenc (França)
- Ano da descoberta: 1986
Ao explorarmos os medicamentos de N a Z, percebemos a enorme variedade de fármacos disponíveis para tratar desde simples desconfortos até condições complexas e crônicas. De substâncias amplamente conhecidas, como o Paracetamol e o Rivotril, até tratamentos mais específicos, como a Zidovudina ou o Topiramato, cada medicamento possui um papel único na promoção da saúde. Porém, todo medicamento é uma faca de dois gumes: pode curar, mas também causar danos quando mal utilizado. Por isso, o uso racional, com orientação médica, atenção às doses, interações e contraindicações, é fundamental para garantir eficácia e segurança. Além disso, a automedicação, infelizmente comum em muitos contextos, pode mascarar sintomas, atrasar diagnósticos e até gerar dependência ou reações graves. Informar-se é o primeiro passo para cuidar melhor de si e dos outros.