Glossário de Medicamentos com a Letra D

⚠️ Aviso Importante

Este glossário de medicamentos tem caráter exclusivamente informativo e educacional.

As informações a seguir têm caráter educativo e não substituem consulta médica. O uso de qualquer medicamento deve ser sempre orientado por profissionais habilitados.

1. Dipirona (Novalgina)

Um dos analgésicos mais utilizados no Brasil, especialmente eficaz no controle da febre e dor moderada.

  • Nome comercial: Novalgina
  • Princípio ativo: Dipirona
  • Classe terapêutica: Analgésico / Antipirético
  • Para que serve: Dores leves a moderadas, febre
  • Como funciona: Inibe a ação das prostaglandinas, substâncias responsáveis pela dor e febre
  • Significado do nome científico: “Di” = dois grupos + “pir” = pirazolona + “ona” = cetona
  • História: Desenvolvida como alternativa aos salicilatos
  • Descobridor: Hoechst AG (Alemanha)
  • Ano da descoberta: 1920
  • Cuidados: Risco de agranulocitose; proibida em alguns países

2. Doxiciclina

Antibiótico versátil da família das tetraciclinas, eficaz contra várias bactérias.

  • Nome comercial: Vibramicina
  • Princípio ativo: Doxiciclina
  • Classe terapêutica: Antibiótico (tetraciclina)
  • Para que serve: Acne, infecções respiratórias, uretrites, malária
  • Como funciona: Inibe a síntese proteica bacteriana
  • Significado do nome científico: “Doxi” = derivado químico + “ciclina” = tetraciclina
  • História: Desenvolvida como versão mais estável da tetraciclina
  • Descobridor: Pfizer
  • Ano da descoberta: 1967
  • Cuidados: Evitar em grávidas e crianças

3. Desloratadina

Antialérgico moderno, com menos efeitos sedativos do que os de primeira geração.

  • Nome comercial: Desalex, Esalerg
  • Princípio ativo: Desloratadina
  • Classe terapêutica: Antialérgico (antihistamínico)
  • Para que serve: Rinite alérgica, urticária crônica
  • Como funciona: Bloqueia receptores H1 de histamina
  • Significado do nome científico: “Des” = sem + “loratadina” (seu precursor)
  • História: Derivada da loratadina para melhor perfil de segurança
  • Descobridor: Schering-Plough
  • Ano da descoberta: 2001
  • Cuidados: Uso prolongado deve ser orientado por médico

4. Diazepam

Um dos ansiolíticos mais conhecidos, da classe dos benzodiazepínicos.

  • Nome comercial: Valium
  • Princípio ativo: Diazepam
  • Classe terapêutica: Ansiolítico / Relaxante muscular
  • Para que serve: Ansiedade, insônia, convulsões, espasmos musculares
  • Como funciona: Potencializa o efeito do GABA, neurotransmissor inibitório
  • Significado do nome científico: “Diaz” = estrutura diazepínica + “epam” = grupo químico dos benzodiazepínicos
  • História: Revolucionou o tratamento da ansiedade no século XX
  • Descobridor: Leo Sternbach (Hoffmann-La Roche)
  • Ano da descoberta: 1963
  • Cuidados: Pode causar dependência

5. Dexametasona

Corticoide potente com ação anti-inflamatória e imunossupressora.

  • Nome comercial: Decadron
  • Princípio ativo: Dexametasona
  • Classe terapêutica: Corticoide
  • Para que serve: Alergias, doenças autoimunes, COVID-19 grave
  • Como funciona: Suprime o sistema imunológico e inflamações
  • Significado do nome científico: “Dexa” = forma modificada + “metasona” = base dos esteroides
  • História: Criado como derivado sintético da cortisona
  • Descobridor: Merck & Co.
  • Ano da descoberta: 1957
  • Cuidados: Uso prolongado pode causar diversos efeitos colaterais

6. Domperidona

Medicamento para controle de náuseas e problemas gástricos.

  • Nome comercial: Motilium
  • Princípio ativo: Domperidona
  • Classe terapêutica: Antiemético / Procinético
  • Para que serve: Náuseas, refluxo, gastroparesia
  • Como funciona: Bloqueia receptores dopaminérgicos periféricos
  • Significado do nome científico: “Dom” + “peridona” = nomenclatura química sintética
  • História: Desenvolvida como alternativa à metoclopramida
  • Descobridor: Janssen Pharmaceutica
  • Ano da descoberta: 1974
  • Cuidados: Monitorar pacientes com problemas cardíacos

7. Duloxetina

Antidepressivo moderno usado também para dor crônica.

  • Nome comercial: Cymbalta
  • Princípio ativo: Duloxetina
  • Classe terapêutica: Antidepressivo (IRSN)
  • Para que serve: Depressão, ansiedade, fibromialgia, neuropatias
  • Como funciona: Inibe a recaptação de serotonina e noradrenalina
  • Significado do nome científico: “Dulo” = derivado sintético + “xetina” = estrutura química comum a antidepressivos
  • História: Desenvolvida para atuar tanto no humor quanto na dor
  • Descobridor: Eli Lilly
  • Ano da descoberta: 2004
  • Cuidados: Pode aumentar risco de pensamentos suicidas no início do tratamento

8. Digoxina

Fármaco clássico no tratamento da insuficiência cardíaca.

  • Nome comercial: Lanoxin
  • Princípio ativo: Digoxina
  • Classe terapêutica: Cardiotônico
  • Para que serve: Insuficiência cardíaca, fibrilação atrial
  • Como funciona: Aumenta a contratilidade do coração inibindo a bomba Na+/K+ ATPase
  • Significado do nome científico: Derivado da planta Digitalis purpurea
  • História: Utilizada desde o século XVIII em sua forma vegetal
  • Descobridor: William Withering (uso clínico documentado)
  • Ano da descoberta: 1785 (como extrato vegetal), isolada quimicamente em 1930
  • Cuidados: Exige controle rigoroso de dose — risco de toxicidade

9. Diltiazem

Medicamento para controle da hipertensão e arritmias.

  • Nome comercial: Cardizem
  • Princípio ativo: Diltiazem
  • Classe terapêutica: Anti-hipertensivo (bloqueador de canais de cálcio)
  • Para que serve: Hipertensão, angina, arritmias
  • Como funciona: Reduz a entrada de cálcio nas células musculares cardíacas e vasculares
  • Significado do nome científico: “Dilt” + “iazem” = nomes combinados da estrutura química
  • História: Primeiro bloqueador de canal de cálcio não diidropiridínico
  • Descobridor: Tanabe Seiyaku Co. (Japão)
  • Ano da descoberta: 1971
  • Cuidados: Monitorar pressão e ritmo cardíaco

A letra D nos apresentou uma diversidade de medicamentos que vão desde analgésicos populares até cardiotônicos centenários. Conhecer a história, composição e função dessas substâncias é essencial para uma visão mais crítica e segura do uso de fármacos.

Pronto para continuar aprendendo? Acesse o Glossário da Letra E e descubra os próximos medicamentos!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *